33° domingo do Tempo Comum

(Mc 13, 24-32)

Estamos terminando o Ano Litúrgico na IGreja, diferente do Ano Civil, que termina em dezembro.
E o que é Ano Litúrgico? É a celebração da vida de Jesus Cristo durante um ano, sendo marcado pelos momentos fortes da vida de Jesus. Segue as etapas da vida de Jesus, começando com seu nascimento e, finalizando com a Solenidade de Jesus Cristo REi do Universo, a celebrarmos domingo próximo. É a Coroa do Ano Litúrgico, que parte da Encarnação até a sua glorificação.
Na liturgia deste 33° domingo do Tempo chamado Comum, Jesus nos leva a refletir, sobre os fins dos tempos e o nosso fim. Somente Deus sabe a nossa hora. Não nos preocupemos. O mundo tem uma meta, para a qual caminhamos. Com isso devemos estar sempre vigilantes, pois o Senhor, embora possa demorar, com certeza virá. Ao terminar essa nossa vida, não seremos perguntados qual é a nossa profissão, os estudos que tivemos, título que obtivemos, a nossa vocação…. O que nos garante o céu é o amor vivido completamente, a compaixão para quem sofre…
Justamente neste tempo de pandemia (que graças a Deus terminando), como estou vivendo a minha fé? E com meu irmãos, no meu mundinho, meu pequeno mundo, a convivência chegou a ser melhor? Contribuo para que reine no mundo, a justiça, a paz e a bondade?
O Samo 15, que rezamos na liturgia deste domingo, nos oferece uma boa receita para vivermos nossos dia terrenos, sem quaisquer preocupações, manter conduta íntegra, falar sempre a verdade, praticar o que é justo, não difamar nem caluniar. Quem assim procede não terá preocupações.
“Guardai- ó Deus, porque em vós me refugio!”
Junto a Vós, fidelidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!” (Sl, 15).
Nestes tempos difíceis em que vivemos, renovemos nossa fé no Senhor que virá, um dia, para restaurar o seu reino de justiça e de paz… e lembremo-nos, sobretudo dos pobres, neste Dia Mundial dos Pobres, decretado pelo Papa Francisco em 2016.

DIA MUNDIAL DOS POBRES
Sabemos a grande dificuldade que há no mundo contemporâneo, para se poder identificar claramente a pobreza. E, todavia, esta, interpela-nos todos os dias com seus inúmeros rostos vincados pelo sofrimento, a marginalização, a opressão, a violência, as torturas e a prisão pela guerra, a privação da liberdade e da dignidade, pela ignorância e analfabetismo, pela emergência sanitária e a falta de trabalho, pelo tráfico de pessoas e escravidão, pelo exílio e miséria, pela migração forçada. A pobreza tem o rosto de mulheres, homens e crianças exploradas para vias de interesses, espezinhados pelas lógicas do poder e do dinheiro. Como é impiedoso e nunca completo o elenco que se é constrangido a elaborar à vista da pobreza, fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada.

Papa Francisco, 2016
Rosa M. Macluf Carravero