Mensagem de Pe Adalton

sem-titulo-120As festas do fim de ano se caracterizam pelo anseio profundo de um tempo melhor; deseja-se para os outros o que queremos viver.
Mas há a necessidade de cultivar uma prerrogativa maior: a memória, a recordação.
Todas as pessoas têm pressa. Mas vai fazer bem parar, olhar para trás.
A situação que cada um de nós vive agora tem sua origem no passado remoto ou recente.
Podemos olhar o passado com ressentimentos ou com gratidão.
A grandeza da pessoa humana está intimamente ligada à gratidão.
E o grande gesto de gratidão é a capacidade de olhar para trás e descobrir a nossa participação nos momentos importantes em que vivemos a cidadania, o compromisso desafiador duma vida familiar e social.
O olhar para trás nos torna mais humanos na medida em que tirarmos do nosso íntimo a mágoa, a decepção e começarmos a olhar as pessoas que pensam, sentem e agem de modo diferente de nós, como pessoas que querem ser felizes, embora suas posições sejam discordantes ou diferentes das nossas, ou que não chegaram ainda ao momento duma paz interior.
Também essas pessoas sentem o desejo de felicidade.
O presépio de Jesus, na linguagem simbólica do Evangelho, teve espaço para acolher os pobres pastores de animais e os ricos homens do Oriente com seus presentes.
São pessoas à busca da felicidade. Mas não teve lugar para o Herodes que a história apresenta como corrupto, sanguinário e dominado pelos instintos.
Somente com um coração apaziguado podemos viver e propor palavras de consolo e conforto, num tempo em que precisamos revalorizar a amizade e os gestos de amor, que são o anúncio de uma realidade humana nova.
Desejo-lhes um feliz Natal.
Fiquem certos, terei cada um de vocês presentes na minha reflexão e oração.