Passou o Natal, época de fraternidade, quando se dão muitos, abraços e presentes, e alguns se dispõem também a oferecer o perdão… Passou também o fim de ano, com suas comemorações, promessas e projetos – e num instante começa o Ano Novo.
Estamos na estação do verão, que ocorre entre a primavera e o outono, onde a temperatura é alta, bem acima dos 25 graus, e onde os dias são mais longos e as noites mais curtas. O período compreende entre 21 de dezembro e 21 de março.
Será a temporada mais preciosa?
O verão é a estação do ano favorita para a maioria das pessoas. Porque dá mais vontade de sair de casa, fazer passeios, quer no início da manhã ou à tarde, à noite, porque o dia é mais longo e não é frio. Favorável ao turismo e viagens – as regiões litorâneas ficam superlotadas.
O clima de verão faz todo mundo tirar a roupa para descansar, nas praias, nas piscinas, nos rios, nos lagos – coisa saudável. É tempo de férias em empresas e escolas. Nessa estação, as frutas amadurecem rapidamente. É a estação das mangas. Depois vem a das goiabas, frutas que muitos cultivam no quintal.
E no veraneio da estação a coisa ferve, porque vem o carnaval brasileiro. Tem todo o luxo e a luxúria das grandes estrelas, seguida por uma multidão de fiéis que se sacrificam o ano todo para poder desfilar alguns dias.
Os desfiles e os bailes, em muitos lugares, são um atentado contra a moralidade, a dignidade e os bons costumes da sociedade.
Entre a euforia coletiva que assola durante quatro ou cinco dias um país imerso em corrupção e problemas de desigualdade social, o povo que passa por tantas tragédias parece se esquecer delas durante o carnaval. Quem vê de fora pensa entusiasticamente que o Brasil é o país perfeito.
Na prática, durante o carnaval, todos os serviços ficam comprometidos; o país para, a economia deixa de crescer, tanto para o PIB quanto para a renda populacional.
Na lista de coisas ruins que acometem os brasileiros no carnaval estão os abusos de álcool e drogas, incentivando a imoralidade e a libertinagem; os índices alarmantes de acidentes nas estradas – ano a ano cresce o recorde de mortes. Os problemas sexuais no país aumentam vertiginosamente nesse período, pois há um incentivo ao turismo sexual, aumenta a ocorrência de gravidez indesejada e proliferam as doenças sexualmente transmissíveis.
Carnaval é coisa do passado para mim. Nem amo nem odeio, simplesmente ele não tem nada a ver comigo mais. Agora eu prefiro o sossego e o silêncio; a leitura, o passeio, o trabalho social, a meditação. Mas, uma estatística preocupante aparece depois das folias de momo: muita gente não volta; muita gente vai embora, de forma trágica, para o Além.