Agosto Mês das Vocações!

“Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi”. (Jo15,16)

Estamos no mês de Agosto no qual todo ano a Igreja Católica no Brasil celebra o mês vocacional no qual, cada final de semana é celebrada uma vocação específica, a saber: a vocação sacerdotal, celebrada no primeiro domingo; a vocação matrimonial (juntamente com o dia dos pais), celebrada no segundo domingo; no terceiro domingo celebramos a vocação à vida consagrada; e no último domingo celebramos as vocações leigas (onde lembramos dos catequistas).
A palavra vocação vem do latim: VOCARE que nada mais é que CHAMADO. Deus é aquele que nos chama, primeiramente para a vida, pois é o maior presente de Deus para o ser humano, como nos lembra São João Bosco. Se Deus nos chama devemos corresponder a esse chamado, seja positivamente ou negativamente, haja vista que, vocação é um encontro de duas liberdades, a de DEUS que chama e a do HOMEM que responde, desta maneira, Deus escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
Podemos refletir a vocação também na bíblia, seja ela no Antigo Testamento como no Novo Testamento. Iniciemos falando da vocação no Antigo Testamento, mais especificamente em três livros, a saber: Gênesis 12,1-4 – “Sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teus pais, vai para a terra que eu vou te mostrar… Abraão partiu como o Senhor lhe havia dito”; Êxodo 3,4 – “Vendo o Senhor que Moisés se aproximava para observar, Deus o chamou do meio da sarça: ‘Moisés, Moisés’. Ele respondeu ‘Aqui estou Senhor” e também em 1Samuel 3,4-10 – “Samuel, Samuel… Eis me aqui Senhor!”, entre outros. Ou seja, Abraão, Moisés e Samuel, foram chamados para uma vocação e perseveraram em sua missão. Perseverar na missão? Sim! Pois toda vocação está compreendida uma missão em vista ao serviço do povo de Deus.
No Novo Testamento ouvimos sobre João Batista, no qual tinha a missão de preparar os caminhos do Senhor. A dos discípulos de anunciar o Reino de Deus, de anunciar um tempo de conversão, pois, conversão é a porta de entrada para o Reino. E claro, não podemos esquecer a vocação e missão da Virgem Maria a Theotokos, a mãe de Deus proclamada como dogma afirmada no Concílio de Éfeso no ano de 431 e consolidada no Concílio de Calcedônia em 451.
Em todas essas escolhas, percebemos que, Deus chama diretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas, em outras palavras, é Deus que toma a iniciativa de chamar.
Como refletimos anteriormente, trazendo à memória aquilo que São João Bosco dizia, que a vida é o maior dos presentes de Deus para o ser humano, podemos compreender três tipos de Vocação: a Vocação à Existência, à Vida; a Vocação Humana, Ser pessoa e a Vocação Cristã, que é lançar as redes do serviço à comunidade. E dentro desse tipo de vocação dentro da Igreja, podemos chamar de Vocação Laical, no matrimônio ou no celibato, a vocação ao ministério ordenado, que são os diáconos, os padres e os bispos; e a vocação à vida consagrada, que é ser um irmão religioso numa vida ativa ou contemplativa.
Percebe-se que Vocação é bem mais ampla do que imaginamos?
Que nós possamos dedicarmos mais as orações, pedindo as graças de Deus para cada vocação, pois, seja qual vocação tivermos, teremos momentos de lutas e vitórias, de tristezas e de alegrias, mas, o mais importante é não desistir na primeira dificuldade que tivermos.