E alguns dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa. E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
Marcos 2:1-2
Há dois mil anos Jesus era a grande novidade na Palestina.
As multidões de curiosos eram tão numerosas quanto as dos que buscavam o lenitivo e a esperança que lhe vinham, tanto do verbo iluminado quanto da presença carismática, a todos socorrendo e produzindo fenômenos de cura e de afastamento de espíritos obsessores dos doentes.
Em destaque, o episódio que se refere ao evangelista Marcos ocorreu na casa de Pedro, em Cafarnaum, cidade da Galileia, onde o Mestre estabelecera sistematicamente o Culto do Evangelho no Lar.
A citação diz que não havia um mínimo espaço onde coubesse mais pessoas, “não havia lugar nem à porta” – e entendemos que todos se comprimiam para ouvir o Divino Emissário.
É sabido que alguns que estavam ali não tinham interesse em aproveitar os ensinamentos do Messias acerca do anunciado Reino dos Céus, porquanto escribas e fariseus ajudavam a lotar a residência do pescador Simão, dispostos a colher material a ser utilizado, posteriormente, contra o Nazareno.
O Mestre, embora conhecesse o pensamento de todos ali, dedicava-se a realizar a tarefa que o trouxe ao mundo e anunciava-lhes a Palavra de vida eterna.
Diz o guia de Chico Xavier, Emmanuel que “o Cristo iniciou a missão divina entre homens do campo, viveu entre doutores irritados e pecadores rebeldes, uniu-se a doentes e aflitos, comeu o duro pão dos pescadores humildes e terminou a tarefa santa entre dois ladrões”.
Como lição para nossa vida o espírito questiona: “Que mais desejas? Se aguardas vida fácil e situações de evidência no mundo, lembra-te do Mestre e pensa um pouco”.
E em outra página, registrada no livro Vida e caminho, pela Editora GEEM, através da psicografia de Chico Xavier, ele revela coisas do passado do Nazareno: “A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.
“Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre.
“Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração”.