O que me preocupa não é grito dos maus. É o silencio dos bons! (Marthin Luther King). Essa é uma verdade que nos assombra mais a cada dia e parece sequer fazer sentido nesses tempos de maniqueísmo de governos, confrarias, e porque não, de imprensa.
De qualquer modo, ainda temos a possibilidade de nos rebelarmos, de soltarmos a voz, de nos fazermos ouvir.
Mas,,,,,, parece que fica cada vez mais claro que perdemos a capacidade de indignação com toda a desfaçatez que nos bate violentamente no rosto, feito um belo “tapa na cara”, ou ainda o famoso “cala a boca” !
Aceitamos tudo passivamente, bovinamente, mansamente, como se não fosse conosco tudo o que acontece nesse País onde quem deveria saber de tudo simplesmente diz que não sabe de nada, e quem deveria julgar só se precipita em oferecer habbeas corpus, até preventivos às vezes, postergando decisões de uma maneira inaceitável e injustificável.
Nunca antes nesse País , exceto as fases de exceção como a ditadura Vargas e depois a Militar, se ofendeu tanto às leis como agora quando temos um Supremo Tribunal Federal totalmente indicado pelos políticos de plantão e nos dá mostra de divergências jurídicas que estampam claramente que a justiça tem sido colocada em plano secundário, até chegarmos ao ponto de um próprio Presidente desse tribunal, rasgar a Constituição em plena sessão conjunta no Congresso, na frente de todos, e pela televisão. A Casa Civil é celeiro de escândalos e simplesmente se exonera o funcionário ou se lhe oferece um Ministério com foro privilegiado.
Ai de nós, simples mortais se cometermos o menor deslize. A lei nos será implacavel, aplicada em todo o seu rigor.
Nossas prisões não reeducam, e alem disso formam mais marginais a cada dia, como uma espécie de faculdade do crime.
Estamos presos em nossas casas, vitimas de arrastões, da violência impune e desregrada. Nossos filhos tem grande chance de se perderem nas drogas, nossas famílias se deterioram .
Perdemos a capacidade de nos indignarmos e nos relegamos ao silencio.
Aí é que está o maior perigo !
Os bons precisam aprender a gritar !