Nossas escolhas são as sementes que farão germinar o futuro que desejamos.
Leonardo Oliveira
Mesmo no outono, gosto de nadar, para exercitar e meditar, especialmente à noite, e mais ainda quando a noite é silenciosa, o vento é brando, olhando os ramos dos pés de ipê e das palmeiras areca, e um pouco mais distante as primaveras-maravilha, roxa e rosa, floridas – fico encantado com a obra do Criador na natureza.
Eu aproveito esses momentos de apreciar a vida depois de uma série de braçadas, contadas com o auxílio de uns bonecos de plástico que ganhei de presente de uma filha.
Deitado numa cama plástica, olho o céu e começo a ver o despontar da Lua, ora cheia, ora minguante, nova ou crescente, alguns dias em cores diferentes. Fico imaginando como é isso – a Lua – um corpo sem luz própria, ser o segundo corpo mais brilhante no céu, depois apenas do Sol.
E, então, vejo começar a acender as luzes do infinito, uma primeira estrela, depois a segunda e num instante o céu fica todo inundado de astros brilhantes a viajar na imensidão.
Fico imaginando quem a sustenta no espaço sideral, quem lhe dá os movimentos e produz as luzes, os tamanhos e as distâncias de nós e a velocidade de seus brilhos e os anos que percorrem para serem percebidos por nós. Tem um Relojoeiro nessa hora ou um Mestre na orquestração, na hierarquia e na harmonia dessa família.
Em uma coisa a humanidade não tem condições de intervir, apesar de estar tentando dominar a Lua: no movimento dos corpos celestes, principalmente de nossos parceiros, o Sol e a Lua; esses astros foram usados desde as primeiras civilizações para marcar a passagem do tempo, seja para prever a época do plantio ou da colheita, e obtivemos um relógio e a primeira unidade de tempo, o dia.
Na família do nosso sistema, os planetas têm o Sol como um pai ou uma mãe, quase um deus que dá vida, luz, calor – ondas eletromagnéticas, neutrinos, íons de hidrogênio e hélio.
Saindo das divagações, estou fazendo um curso de Constelação Familiar Sistêmica promovido pela ADUSMEC e dirigido pelo teólogo e filósofo Fermino Neto, com certificação pela Faculdade de Ciências Psicanalíticas do Rio de Janeiro, que consiste no método terapêutico de promover a elucidação de conflitos na família, potencializando resultados nas empresas. As bases da Constelação são as ordens do amor e as ordens da ajuda, que servem de pilares para que possamos viver adequadamente. (1)
As três ordens do amor são o pertencimento, a hierarquia e a harmonia (ou equilíbrio) dentro da constituição da família, e que vigora na ordem do Universo.
De acordo com estudos de astrofísicos da Universidade Harvard, existem pelo menos 17 bilhões de planetas parecidos com a Terra apenas na Via Láctea. E as estimativas indicam que há cerca de 100 bilhões de galáxias. (2)
Fico imaginando que essa vida corporal vai passar rapidinho, e o quanto precisamos aprender e amar; não reclamar, mas estimular; não brigar, mas acolher; não criticar, mas incentivar; não acumular, mas fazer desligamento patrimonial e emocional, para que a nossa luz nos aproxime do Poder Superior.
Assim, amemos enquanto estivermos nessa dimensão física, porque a existência no corpo é um sopro Divino.
Estamos só de passagem numa viagem de crescimento moral e espiritual, e o amor e a sabedoria são as nossas asas e guias para planos melhores na relação de pertencimento, hierarquia e harmonia com nossos irmãos e com Deus.
(1) Constelações familiares – Bert Hellinger, pedagogo e teólogo.
(2)http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimasnoticias/redacao/2013/07/02/qual-e-o-numero-estimado-de-planetas-estrelas-e-galaxias-no-universo.htm