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“Sede santos, porque Eu Sou santo” (1Pd 1,16)
‘Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo’ (Lv 1,44-45). Fomos criados à ‘imagem e semelhança’ de Deus. (Gn. 1,26) Ele é Santo, nós também devemos ser santos. Pedro convoca os cristãos a imitarem a santidade de Deus: “Como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também santos em todo o vosso comportamento, porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pd 1, 15-16). “Todas as vossas ações’ espelhem esta santidade de Deus, já que ‘vós sois, uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis o poder daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa’ (1Pd 2,9).
O Papa Francisco ressalta que: “Antes de tudo, devemos ter bem presente que a santidade não é algo que nos propomos sozinhos, que nós obtemos com as nossas qualidades e capacidades. A santidade é um dom, é a dádiva que o Senhor Jesus nos oferece, quando nos toma consigo e nos reveste de Si mesmo, tornando-nos como Ele é.” … “Quando o Senhor nos convida a ser santos, não nos chama para algo pesado, triste… Ao contrário! É o convite a compartilhar a sua alegria, a viver e a oferecer com júbilo cada momento da nossa vida, levando-o a tornar-se ao mesmo tempo um dom de amor pelas pessoas que estão ao nosso lado” … “Pensemos em Nossa Senhora, tão boa e bela, e recitemos o Rosário. Também este é um passo para a santidade. Então, vou pelo caminho, vejo um pobre, um necessitado, paro, faço-lhe uma pergunta, dou-lhe algo: é um passo rumo à santidade! São pequenas coisas, mas muitos pequenos passos para a santidade. Cada passo rumo à santidade fará de nós pessoas melhores, livres do egoísmo e do fechamento em nós mesmos, abertos aos irmãos e às suas necessidades”
Para a Família Salvatoriana, Religioso/as e Leigos/as, chegou o dia tão esperado da Beatificação do seu Fundador, Padre Francisco Jordan. Trata-se, pois do reconhecimento do seu carisma de ajudar a Igreja a tornar conhecido, amado e anunciado o único Deus, revelado nas palavras e gestos de Jesus Cristo, o Divino Salvador. Esta é pois, a verdadeira inspiração para a família salvatorianas que seguindo o exemplo dos apóstolos, atuam em mais de 50 países nos mais variados campos da educação, evangelização, promoção humana e espiritual, nas missões ad gentes e da pastoral paroquial.
Os santos são reflexos da face de Cristo: Pe. Francisco Maria da Cruz Jordan foi, um homem de uma personalidade extraordinária. Sua visão de Igreja é simultaneamente carismática e profética, intuindo, já naquele tempo, muitos anelos que aflorariam, claramente, mais tarde, no Concílio Vaticano II.
Pe. Jordan derrama todo o ardor de sua alma de apóstolo deixando-nos orientações e princípios claros como a luz do sol e profundos como os caminhos de Deus. No entanto, o fio de ouro que tudo perpassa é seu espírito de luta, coragem e confiança, que brota da grande certeza de seu carisma fundacional, da bondade e da graça do Senhor que confirmam sua intuição.
O seu carisma pessoal era muito claro: a confiança em Deus e no seu amor providente que faz participar quem confia na sua omnipotência. Homem de oração permanente, como “a maior força do mundo”. Sentir-se com a Igreja era como sua “segunda natureza”.
“Seja esta a vossa divisa: Devo tornar-me semelhante ao meu Divino Modelo. Repito-vos mais uma vez: “Sede santos, porque é meu dever cuidar de vocês e porque os amo muito e estou disposto a morrer por todos. Ê, portanto, meu mais ardente desejo que vos torneis santos. E, se ainda não começastes, começai-o hoje mesmo!””
Oração: – Uma característica da vida de Pe. Francisco Jordan era o seu espírito de oração. Dele bem se poderia afirmar que rezava sem interrupção. Toda a sua vida interior repousava sobre o fundamento da oração. E foi sobre estes alicerces que ele edificou a sua Congregação. Os seus filhos e filhas espirituais deveriam também ser homens e mulheres de oração.
Devoção a Maria, Mãe de Deus: – Pe. Jordan era particularmente devoto da Santíssima Virgem. Ele era um verdadeiro filho de Maria. À proteção da Virgem Maria confiou, ele, toda a sua Congregação e todos os seus cuidados. Era extraordinariamente grande a sua confiança em Maria. Eis porque a devoção à Maria ocupa um papel relevante nas finalidades da Congregação. “Era uma cena comovente vê-lo ajoelhado diante do quadro de Nossa Senhora das Dores na capela lateral da Casa-Mãe. Com grande insistência ele implorava o auxílio e a proteção da bondosa Mãe de Deus”. “Esforçai-vos, pois, para vos mostrardes verdadeiros salvatorianos. Olhai para Maria Santíssima que, embora falasse tão pouco, não obstante conseguiu tanta coisa pelo seu bom exemplo, pela sua pobreza, modéstia, etc. Imitai-a, para que alcanceis também muito pelo bom exemplo”.
Missão Salvatoriana: Padre Francisco Maria da Cruz Jordan foi um ardoroso Apóstolo, um profeta. Ele se deixa invadir e seduzir por Deus. Foi homem profundamente carismático, um apaixonado por Deus e por seu projeto de salvação universal. Ele foi uma pessoa que amou a Deus e as pessoas profundamente.
Homem dotado de singular sensibilidade e sintonizado com os sinais dos tempos. Padre Francisco Jordan é capaz de penetrar no âmago da humanidade, deixar-se tocar por suas necessidades, gritos, dores e angústias e, por isso, anseia por uma sociedade humana mais fraterna, mais justa, mais solidária, mais próxima do Reino de Deus em ação.
Pe. Jordan insiste na unidade entre vida e missão. O ponto de partida de nossa missão consiste na revelação de Deus Salvador na globalidade de nosso ser e agir: “Pretendemos revelar ao mundo o Deus Uno e Trino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”. Assim deve concretizar-se em nós a aspiração do Apóstolo Paulo: “O testemunho de Cristo tornou-se firme em vós” (lCor 1,5-6).
Ser santo, para Pe. Francisco Jordan, envolve todas as dimensões que constituem a pessoa humana. “Mais santo não é aquele que erra menos, mas sim, aquele que possui mais ânimo, mais generosidade e mais amor; aquele que mais se domina, que não tem medo de tropeçar no caminho, nem mesmo de se sujar, contanto que consiga ir em frente”. (S. Francisco de Sales) (DE I 79,2) A santidade de Pe. Jordan é um apelo concreto à nossa santificação. Ser santos é ser humano por excelência, é ter a audácia de reinventar o humano, e testemunhar o Divino que habita em nós.
Por Ir Vera Lucia Palermo – Salvatoriana Irmãs do Divino Salvador
Obs.: Aqui em nossa Capivari, temos as Irmãs Salvatorianas que colaboram no apostolado às comunidades. Irmã Marta, Irmã Rosângela e Irmã Lourdinha.