Brincadeira de menino

O Brasil mais uma vez assiste impávido colosso o desmoronar de esperanças.
Esperanças de um País mais justo, menos pobre, mais nobre, menos corrupto.
Um Ministro do Supremo Tribunal Federal diz em rede nacional que as acusações irrefutáveis da lava jato são “brincadeiras de meninos“ e entorpecidos por uma mídia que releva fatos e transforma atos, continuamos “deitados em berço esplêndido”, talvez “eternamente” !
A sensação de impotência é muito grande diante de um judiciário que é extremamente duro contra pobres mortais, sem dinheiro para contratar bancas de juristas especializados em “brechas da lei”, oficializadas por um legislativo antropofágico e monstruosamente ineficiente e caro. Aos que tem Foro Privilegiado nunca se julga o mérito, existe sempre uma “saída processual” que abre as portas da impunidade e obstrui a justiça.
O número de partidos políticos é aviltante e todos eles recebem fundo partidário com dinheiro publico advindo de uma carga tributária considerada uma das maiores do mundo já que não se reverte nos benefícios que deveria trazer.
Somos “gigante pela própria natureza”, o celeiro do mundo onde se plantando tudo dá, e, ao mesmo tempo, com o lixo mais rico do planeta .
Pobre Brasil, rico em água, energia, abençoado por riquezas naturais, imensas praias paradisíacas, poderia viver de turismo se assim se qualificasse.
Porém, por termos sido aculturados desde o nosso descobrimento, mesmo nos períodos chamados de democráticos nos identificamos com bandidos travestidos de políticos e os perpetuamos no poder através do nosso próprio voto.
Por quanto tempo ainda teremos que pagar o preço?
Depende de quanto poderemos assistir o quintal do vizinho pegando fogo sem que sequer tentemos ajudar a apagá-lo.
Se, afinal, eleição após eleição os mesmos continuam lá , no fundo somos todos coniventes.