A freira, naquela casa de abrigo para moças gestantes, entra no quarto e pergunta a jovem sentada no sofá:
- “Você vai entregar seu filho para adoção.”
A jovem com os olhos baixos, desculpou-se: - “Não posso. Há muito sai de casa. E na profissão que abracei…”
A freira olha para a moça e informa que vai buscar o papel para ela assinar já que o casal que vai levar a criança quer tudo certinho. E sai.
Kiki olha para as camas, a sua, outra de uma moça que partira e outra de uma jovem sendo cesariada naquela hora.
Levantou-se, olhou-se no espelho e viu seu corpo perfeito, já que a gravidez nada o mudara.
De repente, a freira entra no quarto e coloca em seus braços o bebê que carregava e saiu. Kiki, desajeitada, pensa:” não adianta, sou firme nas minhas resoluções.”
Senta-se, começa a sentir um calor estranho, o bebê resmunga e ela olha para baixo e com lágrimas nos olhos vê um bebê lindo e forte. Dali em diante, nada mais importou. Apertou a criança no peito, levanta, abre a porta, segue pelos corredores e alcança a saída com o filho aconchegado nos braços.
