E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam,
nem tampouco os de lá passar para cá.
Jesus (Lucas 16:26)
Na parábola do mau rico e o mendigo Lázaro, Jesus ensina que existe na vida espiritual faixas vibratórias de acordo com o grau de evolução de cada criatura.
O mendigo foi levado pelos anjos ao seio de Abraão, para um lugar agradável, e o rico, sepultado, uma lei de causa e efeito que dá a cada um de acordo com aquilo que se vive – dessa formam ele ficou num lugar de sofrimento moral.
A consciência do rico é que o atormentava, sentindo calor e aflição.
Entendemos assim a aplicação da lei de causa e efeito, ou lei do retorno: a cada um será dado segundo as suas obras, ou seja, segundo o seu merecimento.
A felicidade ou a desgraça que acompanha o espírito, nesta vida ou no plano espiritual, decorre unicamente de suas obras, daquilo que ele fez.
Se agiu para o bem, será agraciado; se agiu para o mal, sofrerá as consequências infelizes de seus atos.
No livro número um dos espíritos, que Allan Kardec organizou, temos duas questões que tratam da separação dos espíritos depois da morte.
Uma delas é a questão 279: “Todos os Espíritos têm acesso, reciprocamente, uns aos outros?
– Os bons vão a todos os lugares, e é preciso que seja assim, para que eles possam exercer sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos espíritos bons são interditadas aos imperfeitos, a fim de que não possam levar até elas a perturbação de suas más paixões.”
Quer dizer que na presença de Abraão, um respeitável espírito, e desfrutando de paz e serenidade, o ex-mendigo Lázaro podia ir para outros lugares, o que não era dado ao mau rico, que ficou preso a sua consciência. Pois é aí que está inscrita a Lei de Deus, na consciência de cada criatura.
Outra questão é de número 278: “Os Espíritos de diferentes ordens estão misturados uns com os outros?
– Sim e não. Isso quer dizer que eles se veem, mas se distinguem uns dos outros.
Eles se evitam ou se aproximam, segundo a semelhança ou a antipatia de seus sentimentos, como acontece entre vós.
É todo um mundo, do qual o vosso é o reflexo obscuro.
Os Espíritos da mesma ordem se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de espíritos unidos pela simpatia e pelos propósitos: os bons, pelo desejo de fazer o bem; os maus, pelo desejo de fazer o mal, pela vergonha de seus erros e pela necessidade de estar entre seres semelhantes a eles.”
E finaliza o comentário Allan Kardec: “Como uma grande cidade onde homens de todos os níveis e de todas as condições se veem e se encontram, sem se confundir; onde as sociedades se formam pela semelhança de gostos; onde o vício e a virtude estão em contato, sem se dizerem nada”.
A Terra é um planeta de segunda categoria, um mundo de provas e expiações. E vai passar para a categoria de mundo de regeneração, que é sua terceira categoria. E, mesmo vivendo em igualdade de condições no planeta, a vida no Além vai ser diferente em função do grau de evolução moral e espiritual de cada criatura.
Ainda para alcançarmos a felicidade e a perfeição precisamos nos esforçar e trabalhar muito no bem, para atingir a categoria de mundo feliz e, depois, mundo divino.
Isto falando da evolução apenas nos mundos materiais.
Existem as colônias e mundos espirituais com suas cidades, universidades, oficinas, hospitais, residências.
Na Terra tudo que existe é uma cópia imperfeita do que existe lá, na vida espiritual.
Ame, ame verdadeiramente.
Supere as dificuldades, porque a vida é sábia e reserva muitas alegrias, aqui na Terra e no Além, para todos aqueles que acreditam em Deus e no amor que Jesus nos ensinou, dizendo: “Vou para meu Pai e vou preparar-vos um lugar”, e nesse lugar tem casa – e também família, que nos ama. (Jesus – João 14:2).