O maior da América Latina e segundo maior do mundo, conhecido como Lixão da Estrutural, localizado em Brasília, encerrou as atividades após oito anos da lei federal que proibiu os depósitos de lixo a céu aberto. Uma cerimônia ocorrida no último sábado, 20, com trancamento em cadeado, simbolicamente, marcou a finalização do uso do local.
O governador Rodrigo Rollemberg disse que o fechamento do lixão representava um “salto civilizatório para Brasilia” e prometeu remunerar os catadores que vão atuar nas novas unidades de reciclagem. O governo pretende pagar R$ 300 por tonelada reciclada. Além disso, eles vão receber o valor equivalente à venda do material para a iniciativa privada e mais R$ 360 mensais, pagos durante seis meses. Alertou também que vai intensificar a fiscalização. “Caminhões flagrados jogando lixo em área pública vão ser apreendidos”.
O fechamento do Lixão da Estrutural encerra uma história de 60 anos de lixo jogado a céu aberto. Uma cidade, inclusive, se formou ao redor do entulho. O local vai continuar recebendo resíduos da construção civil por tempo indeterminado.
Desde 2010, quando foi aprovada a Política Nacional de Recursos Sólidos, começou-se o movimento para o fechamento de lixões em todos o país. Assim, o Lixão da Estrutural passou a ser ilegal e o DF precisaria se adequar às novas exigências de descarte do lixo.
Diante das dificuldades de aplicação da lei, o governo federal estendeu os prazos para os municípios, DF e estados se adequarem em todo o Brasil. No caso do Lixão da Estrutural, diversas datas foram marcadas pelo governo local para o encerramento das atividades. A última foi em 31 de outubro de 2017, porém, o GDF admitiu que não conseguiria cumprir o cronograma e prorrogou para 20 de janeiro de 2018.
Capivari tinha três lixões a céu aberto no passado. Estes foram encerrados há tempos e em 2017, obteve a carta de finalização e comprovação de não contaminação ambiental de dois lixões pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB. Apenas um destes locais continua em estudos para comprovação da inexistência de danos ambientais. A previsão é que em 2018 estes estudos sejam finalizados.