Existe vida sem plástico?

Baquelite é o nome do primeiro plástico feito a partir de combustíveis fósseis, inventado em 1907, sendo assim, o plástico como conhecemos hoje é uma invenção do século 20.
Só depois da Segunda Guerra Mundial que a produção de plásticos sintéticos para uso fora das forças armadas realmente decolou.
Desde então, a produção de plástico aumentou quase todos os anos — de dois milhões de toneladas em 1950 para 380 milhões de toneladas em 2015.
Se continuar neste ritmo, o plástico poderá representar 20% da produção de petróleo até 2050.
Até o final de 2015, foram produzidas 8,3 bilhões de toneladas de plástico virgem, e destas, 6,3 bilhões de toneladas foram descartadas.
A maior parte deste lixo plástico ainda está conosco, sepultada em aterros sanitários ou poluindo o meio ambiente.
Microplásticos foram encontrados no gelo marinho da Antártida, nas entranhas de animais que vivem nas fossas oceânicas mais profundas e na água potável em todo o mundo.
Atualmente, a maior usuária de plástico virgem é a indústria de embalagens.
Apesar do grande uso em situações não duráveis, o plástico também é amplamente utilizado de muitas maneiras mais duradouras, como na construção civil, em meios de transportes e outras infraestruturas vitais, tais como móveis, eletrodomésticos, TVs, tapetes, telefones, roupas e inúmeros outros objetos do cotidiano
Tudo isso significa que um mundo totalmente sem plástico é irrealista.
Porém, imaginar um mundo sem plástico, pode levar a descobrir como criar um relacionamento novo e mais saudável com ele.
Através de novas tecnologias e mudança de hábito da população, é possível desenvolver produtos sustentáveis para a produção do plástica e optar pelo consumo de produtos que adotem essas tecnologias.
Além disso, reutilizar os produtos plásticos, principalmente as embalagens, que são as grandes vilãs dessa história, é uma medida que pode ser adotada por cada cidadão, com o intuito de melhorar as condições de vida no planeta para esta e demais gerações futuras.