Múltiplos são os motivos que nos levam à felicidade, e o maior dele está em nós mesmos, em nosso espírito, quando há fé, amor à vida e a Deus.
Uma maneira de ser infeliz é querer cuidar da vida do outro, quando este já se emancipou; outra maneira é acreditar-se infeliz.
Aceitar-se como se é, fazendo o melhor de si, tendo projeto de vida e buscando o caminho do progresso e do bem – isso é buscar a felicidade.
Todo fruto, para ser colhido, pede mãos em movimento, que plante e cultive.
Na área da felicidade não basta acumular bens materiais, fama, sucesso, beleza e poder, porque tudo isso é passageiro.
O poeta santista Vicente de Carvalho, em Velho Tema, diz assim sobre a felicidade:
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.
Com os grupos de ajuda mútua, que se baseiam nos 12 passos de Alcoólicos Anônimos, tenho aprendido muito buscar a felicidade onde ela realmente está.
Por exemplo: Viva e deixe viver.
Entendemos que não precisamos nos esforçar para controlar tudo, mas controlar a nós mesmos e ter serenidade e equilíbrio, deixando as outras pessoas pensarem e agirem a seu modo, evitando a discussão infeliz, pois aprendemos que é melhor ser feliz do que ter razão.
O passado já ficou para trás, então temos que viver com o presente, deixar recordações infelizes e viver e deixar os outros viverem suas experiências.
O médico André Luiz, no livro Sinal Verde (*), apresenta seis orientações para que venhamos a colher a felicidade em nosso dia a dia:
1) Mobilize o capital do sorriso e observará que semelhante investimento lhe trará precioso rendimento de colaboração e felicidade.
2) Os pequeninos sacrifícios em família formam a base da felicidade no lar.
3) Toda pessoa que serve além do dever encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.
4) Em matéria de felicidade, convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.
5) A nossa felicidade será naturalmente proporcional à felicidade que fizermos para os outros.
6) A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranquila.
(*) Livro Sinal Verde, edição CEC, Uberaba-MG, André Luiz, psicografia de Chico Xavier.
