Tendo passado este tempo bonito do Natal em que fomos meditando na Encarnação de um Deus que deixa o céu e escolhe morar entre a sua criação através de seu filho Jesus Cristo, passamos a celebrar o tempo que na liturgia da Igreja chamamos de Tempo Comum.
Tempo esse muito importante, pois durante 33 a 34 semanas somos convidados a contemplar e escutar a Palavra de Jesus, que é sempre uma palavra nova e motivadora. Contemplamos nesta época a vida pública de Jesus que passa pela vida das pessoas fazendo o bem Jesus que vai pouco a pouco celebrando a sua missão em favor dos excluídos marginalizados, como vemos neste 4º domingo do Tempo Comum. Um dia típico na vida de Jesus.
Jesus está no ambiente judaico da Galileia na cidade de Cafarnaum, na sinagoga, no dia de sábado. Ele começa a nos ensinar como se tornar pescadores de gente. Um homem que ali se encontrava e ouvia os ensinamentos de Jesus, está à margem da vida, precisa ser reintegrado na sociedade pois está dominado pelo poder que lhe tira a a dignidade do ser humano, que o faz gritar e ter convulsões. Jesus, com o seu propósito de acabar com a exclusão, que oculta a beleza da criação de Deus, o cura, libertá- o do espírito impuro, age com autoridade, cheio de Deus. Suas palavras e seu modo de pregar eram enriquecidos de Deus, cheios de autoridade, isto é com conhecimento da palavra e do agir. ( Mc, 1, 21-28).
Jesus agia na sinagoga, em casa ( cura da sogra de Pedro), beneficia homens e mulhres. É aquele que em qualquer lugar , a qualquer hora , liberta as pessoas de tudo que as impede de ter uma vida plena.
As palavras de Jesus tinham um poder maior que o espírito do mal.
Quem olha o mundo e as coisas com olho do mal, vê o mal em tudo. Quem ao contrário, vê o mundo com os olhos do bem, vê o bem por tudo e em todos.
Foi o que Jesus quis dizer no Sermão da Montanha: “ A lãmpada do corpo é o olho. Se o olho é sadio, o corpo todo fica iluminado. Se o olho está doente, o corpo todo fica na escuridão”. ( Mt, 6, 22-23).
Que o Evangelho deste domingo, nos ensine , através do olhar misericordioso e cheio de compaixão de Jesus a identificar os espíritos impuros” de hoje: as fofocas, arrogância, autos-suficiência,violências, corrupções, e tudo que impede as pessoas de ter uma vida plena.
Como discípulos (as) de Jesus nossa missão é partir da vida concreta das pessoas com a certeza de que a misericórdia de Deus não tem fronteiras, é para todos!
Rosa M. Macluf Carravero