NINGUÉM PERDE O QUE NÃO TEM!

Civismo!
Atitudes cívicas!
Não existem mais?
A grande maioria dos brasileiros conhece seus direitos, e a cada dia mais pessoas se inteiram deles. Isso é bom, aliás, é ótimo, e seria ideal que cada um de nós os soubéssemos.
E os deveres?
Ah, aí a coisa pega, ninguém quer saber. Cobramos uns dos outros, mas, nunca nos cobramos.
Os problemas sempre estão na casa do vizinho, nunca na nossa.
Não respeitamos idosos, deficientes, doentes, grávidas ou crianças.
Somos extremamente respeitosos com os hinos e bandeiras dos nossos times de futebol e simplesmente ignoramos o Hino Nacional ou a nossa Bandeira.
Se um árbitro de futebol apita um pênalti inexistente ou dá um impedimento duvidoso e prejudica nosso time ficamos revoltados no mínimo até o próximo jogo.
Não damos a mínima quando um juiz do Supremo Federal manda soltar criminosos confessos e perigosos.
Os bandidos estão em alta, tem até protagonistas em horário nobre de novelas na tevê.
Os policiais estão em baixa, na mídia, no povo e tem contra si uma infinidade de recursos jurídicos que os coloca em posição de imensa fragilidade para o mínimo exercício de suas mais corriqueiras funções.
Se aceitamos tranqüilos o Congresso nos oferecendo tapas na cara todos os dias em suas deliberações; se escusamos salários escandalosos em todas as instâncias do judiciário e seguimos nossas vidas considerando tudo isso absolutamente normal, como podemos reclamar das filas nos hospitais, da falta de remédios, de infra estrutura, saneamento básico e do dinheiro em sacolas ou cuecas.
Pois é meus amigos, ninguém perde o que não tem!