TARSILA DO AMARAL – COM QUEM SERÁ?

Há casamentos que acabam bem,
há outros que duram para sempre.
Woody Allen

Nas brincadeiras de criança, quando se canta o parabéns no aniversário, costuma-se perguntar com quem o aniversariante vai se casar. Com quem será?
A capivariana Tarsila do Amaral (Capivari-SP, 01/09/1886 – São Paulo-SP 17/01/1973) estaria completando 131 anos se estivesse neste plano da vida, mas ela se mudou para o reino dos céus (vida espiritual) quando completou 86 anos.
Destaque brasileiro e mundial como pintora, desenhista e tradutora, também trabalhou produzindo gravuras – inclusive um jovem de 23 anos teve a oportunidade, em 1972, de participar de uma de suas últimas exposições dessa técnica de impressão: Nori Figueiredo. Essa exposição ocorreu na capital, São Paulo, em Higienópolis, na Galeria Centro Operacional de Artes, com apresentação de gravuras do então debutante artista e da artista consagrada.
Antes, lá em 1906, Tarsila casara-se com André Teixeira Pinto, com quem teve sua única filha, Dulce. Após se separar, começou a estudar escultura; uma obra sua está em Capivari, na Praça Cesário Motta, que é o busto do poeta capivariano Rodrigues de Abreu.
Em 1922, já é uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista, ao lado de Anita Malfatti, no “Grupo dos Cinco”, tendo ainda a participação dos escritores e poetas Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia.
Sabe-se que o quadro “Abaporu”, pintado em 1928, é sua obra mais conhecida e de maior valor. A tela foi feita como presente de aniversário para Oswald de Andrade, seu marido na época. Juntos, decidiram batizá-la com a palavra tupi-guarani Abaporu, cujo significado é “homem que come”.
A artista havia se casado com Oswald de Andrade em 1926, separando-se em 1930.
O quadro “Operários”, de 1933, demonstra a influência de seu novo marido, o psiquiatra Osório César, para diferentes formas de pensamento político e social; na obra, ela exterioriza sua visão sobre as ideias revolucionárias para o proletariado…
A artista foi muito intensa na sua arte e também nos relacionamentos amorosos. Tarsila se casaria pela quarta vez, aos 47 anos, com o escritor e jornalista Luiz Martins, um homem de 27 anos, com quem viveu por 18 anos.
No dizer de sua sobrinha-neta Tarsilinha, “Tarsila foi uma mulher excepcional. Era inteligente, sensível, humana, elegante e culta. Além de uma mulher muito forte, porque superou as perdas da sua vida. Ela perdeu a única filha (Dulce, na década de 60), os irmãos queridos Milton e Osvaldo, além de Cecília, sem contar as perdas amorosas”.
Em entrevista ao site Vila Mulher (1), sua sobrinha-neta Tarsilinha responde à seguinte pergunta: “Para você, qual foi o verdadeiro amor de Tarsila?”.
“É difícil dizer, pois ela foi muito apaixonada por Oswald de Andrade. Acredito que foram os melhores anos da vida dela. Isso aconteceu quando ela estava em Paris, também quando a arte dela floresceu. Eles viveram um sonho, viajaram pelo Brasil, Europa e Oriente Médio, tudo com muito luxo, porque o pai de Tarsila tinha dinheiro. Sei que ela o amou muito, pois era um homem inteligente, espirituoso, afetivo, enfim, um homem apaixonante. Com o Luiz Martins, ela também teve um romance forte, afinal, viveram juntos por 18 anos, apesar da diferença de idade – ela era 20 anos mais velha. Na época foi um escândalo.”
Com quem será que Tarsila do Amaral está hoje na vida espiritual? Porque podemos nos alegrar, pois a vida continua depois da morte… E os casamentos também.
O médico espiritual André Luiz, através da psicografia (2) do médium Chico Xavier, nos esclarece que aqueles que tiveram mais de um casamento na Terra, de retorno à vida espiritual, podem ficar juntos e se casarem, e a escolha é assim: “Quanto à reunião no Plano Espiritual, é razoável que se mantenha aquela (relação/união) em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas”.


(1) (http://vilamulher.uol.com.br/familia/relacionamento/os-romances-de-tarsila-do-amaral-19480.html
(2) Evolução em dois mundos – Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelo espírito André Luiz, FEB.