Não há outra forma de se observar o quadro político brasileiro atual sem o comparativo com a nossa curta história.
Já nascemos corruptos e corrompidos desde a chegada de Pedro Álvares Cabral e devidamente relatada por Pero Vaz de Caminha.
Disse com todas as letras : “Aqui, em se plantando tudo dá “, e continua verdadeiro, dificilmente outro País no mundo detém tantas riquezas naturais quanto o Brasil.
Como índios, fomos enganados com espelhos e bugigangas e uma boa parte da escória de Portugal se apoderou aos poucos das nossas terras, da nossa alma .
Depois, as cobranças de impostos, as derramas e o saque de ouro e prata foram tomando conta do chamado Poder Público que nunca, em nenhum momento sequer se preocupou com o povo..
O povo desprotegido foi se “ajeitando” no tão conhecido “quebra-galho” e acabou incorporando ao seu dia a dia corromper e ser corrompido.
Veio a corte portuguesa em 1808 e o Rio de Janeiro vestiu de vez a fantasia do “jeitinho brasileiro”pois grande parte da população foi obrigada a povoar os morros cariocas para dar lugar aos apadrinhados do Rei.
Com o Império não houve mudança significativa pois sempre existiram aqueles que só viviam à sombra do Poder, e às custas do dinheiro público.
Marechal Deodoro descobriu rapidamente que a instauração da República não iria mudar o “status quo” e em breve tempo renunciou.
De lá prá cá, momentos com mais ou menos “penduricalhos e parasitas” as coisas não mudaram muito.
Tivemos Ditadura de esquerda e de Direita, preferimos o Presidencialismo e adoramos a idéia de um “Salvador da Pátria”, que surgiu e também demonstrou incompetência criminosa tentando impor um projeto de poder para que sua corte pudesse se manter indefinidamente à frente dos destinos do Brasil.
Agora, mais uma vez, vivemos um momento de encruzilhada ,pois ,está claro que o modelo político vigente faliu, a máquina está muito pesada para a carga de vagabundos à sustentar.
Sem revolução total na educação não há perspectiva factível e infelizmente o que se observa são os 3 poderes unidos tentando se salvar a qualquer preço.