Quem teria autoridade para nos passar um novo mandamento em relação à vivência das leis divinas, que são sábias, justas e misericordiosas?
O Mandatário Maior que veio à Terra, o seu Governador, conforme João (1:3): “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Jesus já havia resumido os dez mandamentos, as leis e os profetas em dois mandamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Diante dessas informações, fica bem mais fácil aceitar um novo mandamento, visto que o Cristo muito realizou espiritualmente em prol da humanidade e acima de tudo deu o exemplo de humildade, resignação diante da provação e demonstrou o amor e o perdão em sua plenitude: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jesus, em João 13:34).
Segui-lo é a solução dos problemas humanos no caminho da vida, como diz São Francisco de Assis (1182-1226) em seu poema:
“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna.”
Neste mesmo sentido, o médico doutor Bezerra de Menezes (1831-1900), em voltando à vida espiritual, através de Chico Xavier, escreveu sobre a importância de se viver esse amor que Jesus deixou como novo mandamento:
“Diante de tudo, estabelece Jesus para nós todos uma conduta básica, de que todas as providências exatas se derivam para a solução dos problemas no caminho da vida.
Sombra – Caridade da luz.
Ignorância – Caridade do ensino.
Penúria – Caridade do socorro.
Doença – Caridade do remédio.
Injúria – Caridade do silêncio.
Tristeza – Caridade do consolo.
Azedume – Caridade do sorriso.
Cólera – Caridade da brandura.
Ofensa – Caridade da tolerância.
Insulto – Caridade da prece.
Desequilíbrio – Caridade do reajuste.
Ingratidão – Caridade do esquecimento.
Diante de cada criatura, exerçamos a caridade do serviço e da bênção. Todos somos viajores na direção da Vida Maior. Doemos amor a Deus, na pessoa do próximo, e Deus, através do próximo, dar-nos-á mais amor.”